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Donald Trump tarifa Brasil em 50%: o que isso tem a ver com o mercado imobiliário?

  • Writer: MKT Norte Sul Imóveis
    MKT Norte Sul Imóveis
  • Jul 17
  • 5 min read

Nova política tarifária dos Estados Unidos sobre aço e alumínio brasileiros pode afetar o custo da construção civil e influenciar decisões de compra no setor imobiliário.

Donald Trump tarifa Brasil em 50%: o que isso tem a ver com o mercado imobiliário?
Donald Trump tarifa Brasil em 50%: o que isso tem a ver com o mercado imobiliário?

O tarifaço de Trump e o impacto global


Nas últimas semanas, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou uma série de tarifas que impactam países da União Europeia — como França, Alemanha, Espanha, Portugal — e também nações do continente americano, incluindo México e Brasil.


Essa medida pegou o mundo inteiro de surpresa. E, mesmo que o Brasil não seja diretamente dependente dos Estados Unidos, a decisão impacta fortemente indústrias brasileiras que têm os EUA como principal mercado importador.


Até o momento, a conta ainda não chegou: as tarifas entram em vigor no dia 1º de agosto de 2025. Mas já parou pra pensar nos impactos que essa medida pode trazer ao mercado imobiliário a longo prazo?


Alta do dólar e clima de incerteza econômica


Num primeiro momento, o anúncio agrava um cenário já pressionado por alta na inflação e nos juros. Isso, somado à instabilidade gerada por influências políticas e institucionais, cria um ambiente propício à valorização do dólar.


Com o dólar em alta, o custo de vida do brasileiro sobe — e com ele, todas as inseguranças econômicas se tornam mais evidentes. O resultado: o consumidor tende a adiar decisões importantes, como a compra de um imóvel.


Aço e alumínio: efeitos diretos sobre a construção civil


O mercado imobiliário pode ser afetado de forma indireta, mas significativa, especialmente pela dependência de insumos como aço e alumínio, fundamentais na construção civil.


Em 2024, os Estados Unidos foram responsáveis por cerca de 40% das exportações brasileiras desses materiais. Com a tarifa de 50% — que se soma aos 25% já aplicados ao aço e 10% ao alumínio — as exportadoras brasileiras perdem competitividade no mercado americano.


Queda de preços dos insumos no mercado interno?


Com a exportação dificultada, a tendência é que haja um excesso de oferta de aço e alumínio no mercado brasileiro. Em teoria, isso pode levar à queda nos preços desses insumos, o que beneficiaria o setor da construção.


Segundo analistas, a concorrência com produtos chineses — que também enfrentam tarifas nos EUA — pode pressionar ainda mais essa desvalorização, já que esses produtos buscariam novos mercados, como o Brasil.


Essa combinação pode, no curto prazo, reduzir custos para a execução de novos projetos imobiliários, o que é positivo para o setor.


Oportunidade depende da capacidade de absorção interna


No entanto, essa possível vantagem só se concretiza se o mercado interno conseguir absorver o excedente. Caso contrário, a rentabilidade das siderúrgicas nacionais pode ser comprometida, afetando a produção e o emprego no setor.


Pouca dependência de insumos dos EUA


O Brasil importa poucos insumos de construção diretamente dos EUA — como motores, máquinas e gás natural. Por isso, o impacto de eventuais tarifas retaliatórias do Brasil sobre produtos americanos deve ser limitado no setor da construção civil, pelo menos num primeiro momento.


Especialistas afirmam que, mesmo em caso de resposta diplomática do governo brasileiro, o risco de aumento imediato nos custos de produção imobiliária é considerado baixo.


O cenário ainda está em formação


É importante lembrar que tudo vai depender das decisões que o Governo Brasileiro tomará em resposta à medida americana. O cenário pode se alterar rapidamente, e adaptações serão inevitáveis para minimizar danos e manter a estabilidade do setor.


O papel dos corretores e a hora de orientar o cliente


Em momentos de instabilidade econômica, como este gerado pelas novas tarifas americanas, o corretor de imóveis assume um papel consultivo ainda mais importante. Não se trata apenas de vender — mas de ajudar o cliente a tomar decisões seguras e estratégicas, considerando os efeitos diretos e indiretos no mercado imobiliário.


Veja abaixo os principais reflexos dessa situação no setor e como você, corretor, pode se posicionar de forma inteligente e proativa:uam entre os melhores ativos reais, com menor volatilidade que a bolsa de valores ou o câmbio, mesmo em períodos turbulentos.


1. Alta nos juros = Crédito mais caro

Com a possível pressão inflacionária causada pela valorização do dólar, o Banco Central pode manter ou até elevar a taxa Selic. Isso significa financiamentos mais caros, o que reduz o poder de compra de muitas famílias e aumenta a cautela dos compradores.


🔎 Dica para o corretor:Se o cliente tem perfil de financiamento e está aguardando para comprar, este pode ser o momento ideal para acelerar a decisão de compra, antes de um eventual aumento na taxa de juros.


2. Queda na confiança do investidor

Em períodos de instabilidade política e econômica, muitos investidores adotam uma postura de espera, o que pode adiar lançamentos, reduzir a liquidez e afetar o ritmo das vendas.


🔎 Dica para o corretor:Reforce junto aos investidores que imóveis continuam sendo ativos reais, com menor volatilidade que a bolsa ou o câmbio. Apresente boas opções com localização estratégica, potencial de renda e valorização a longo prazo.


3. Impacto no agronegócio e cidades do interior

O agronegócio brasileiro, diretamente afetado pelas tarifas de Trump, pode sofrer retrações que impactam o mercado imobiliário de cidades médias e pequenas, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Norte, onde o setor é dominante.


🔎 Dica para o corretor:Se você atua em cidades ligadas ao agro, monitore o mercado com atenção. Pode haver maior oferta de imóveis, à medida que produtores e empresas busquem liquidez. Esteja preparado para captar com agilidade e negociar com estratégia.


4. Aumento nos custos de construção

Com o dólar elevado, materiais importados tendem a ficar mais caros, o que pode encarecer obras e atrasar entregas. No médio prazo, isso pressiona o valor de novos imóveis no mercado.


🔎 Dica para o corretor:Use a vantagem competitiva de imóveis já prontos ou em fase final de entrega como argumento. Eles podem se tornar mais atrativos do que imóveis na planta ou em obras longas.


5. Imóveis como proteção patrimonial

Em cenários de incerteza, muitos investidores migram para ativos mais seguros e previsíveis. O imóvel volta a ser visto como reserva de valor, especialmente nas faixas de alto padrão e imóveis com boa liquidez.


🔎 Dica para o corretor:Trabalhe bem o discurso da segurança patrimonial e da renda passiva com aluguel. Posicione o imóvel como um porto seguro contra a volatilidade cambial e a instabilidade política.


Como o corretor de imóveis deve se posicionar


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  • Para o investidor: Priorize imóveis com geração de renda ou vocação comercial.

  • Para o vendedor: Destaque a importância da precificação correta e divulgação eficaz em um mercado mais competitivo.


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